De tanto amar o tempo que passei junto a ti
Aprendi a odiar a solidão que me acompanha em lembranças
Que carrego em meu peito dissecado pelas lâminas
Da tua ingratidão!
Vejo-me no reflexo desta água suja que corre pelas vielas,
O brilho da noite ilumina meu rosto e sigo
Descendo pelas escadas da vida,
Sem tropeçar na severa saudade.
Com passo moroso e olhar cabisbaixo,
Os boêmios me veem envolvido pela negra solidão,
Que me consola na soturna madrugada,
E comentam o meu vagar sem destino (...)
Bobagem, meus caros amigos!
Sou apenas um velho noctívago,
Que caminha em busca de abrigo
Nos braços daquela
Que é a minha inspiração.
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