quinta-feira, 8 de novembro de 2012

As flores vivem de simplicidade



Ela nasceu sem riqueza e não concordou com o amor.
Criou um mundo de sombras adorando sua beleza,
Trocou o sorriso de um coração apaixonado,
Por uma vida ingrata de luxo e fingimento.

Desfazia-se em cada gargalhada,
Pequena mulher sem brilho,
Fizera do ouro sua luz,
Vivendo de trocas,
E não passava de mercadoria vil

Quando criança acalentava sonhos,
Que se perderam em sua ganância,
Seu jardim de rosas secou,
O que era macio ficou áspero como lixa,
As hilaridades se cessaram,
E a jogaram no abismo da solidão

Hoje, diante do espelho - olha o seu triste fim,
Relembrando de quando ainda era um broto,
Cultivada por mãos firmes que a regava com carinho,
Esperando o seu desabrochar (...)

Em troca deste amor - ela lhe deu os espinhos,
E agora suas rugas e olhos opacos a faz sentir saudade,
Daquele pobre jardineiro,
Que à aguava com simplicidade.

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