sábado, 17 de novembro de 2012

Espelho paradoxal



Diante do espelho, não vejo o tempo passar; apenas enxergo o que meus olhos podem ver, meras mudanças físicas exteriorizadas.
Diante do mundo, vejo o tempo passar; sinto o peso das responsabilidades em minhas pernas rijas que suportam a dor, meras mudanças espirituais interiorizadas.

E neste jogo paradoxal que se faz a vida, em meio a opaca e obscura aparência que se amostra aos olhos opondo-se ao fulgor quase ínfimo em significância de uma alma vibrante para o resto da sociedade, admoesto:

- preferível caminhar neste mundo de trevas cujo o sol não reflete nem um grão de luz e calor que seu coração de per si faz por onde teus passos fazem rastros de vida e glória - que submeter-se ao gozo efêmero do falso tempo, que se faz salutar as almas langorosas - assim como o despertar do Sol de uma bela manhã que acalora o peito dos inocentes  pássaros que em bando alçam vôos sem direção ao infinito celestial! 

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